sábado, 30 de janeiro de 2016

Doença autoimune chamada Púrpura Trombocitopênica Idiopática.




PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA IDIOPÁTICA

Hoje faleceu uma paciente do nosso município com o diagnóstico clínico desta doença. Mas que doença é essa? como ela se origina? Na realidade a PTI é Uma doença autoimune e tida como rara, parecida com lúpus, mas  que não é lúpus e nem é câncer.  No Brasil não existe estudo que estime a incidência na população e o perfil do paciente, mas o número de pessoas diagnosticados vem aumentando. A púrpura se desenvolve quando o sistema imunológico desconhece as plaquetas como parte do organismo e passa a produzir anticorpos para atacá-las e destruí-las. As plaquetas são responsáveis pela coagulação do sangue quando sofremos algum tipo de ferimento. Em uma pessoa com índices normais, o número dessas células varia entre 150 a 200 mil, numa pessoa com púrpura pode chegar abaixo de 10 mil. Além dos sangramentos pode atacar principalmente o sistema renal
 Veja abaixo texto de Dráuzio Varella sobre a doença:
Púrpura trombocitopênica idiopática é uma doença autoimune que se caracteriza pela destruição das plaquetas, células produzidas na medula óssea e ligadas ao processo de coagulação inicial do sangue.
O nome está diretamente relacionado às principais manifestações da enfermidade. Púrpura é uma referência às manchas roxas ou avermelhadas indicativas de sangramentos que aparecem na pele; trombocitopênica, em razão da trombocitopenia, ou seja, do sangramento provocado pela queda no número de plaquetas. Chama-se idiopática, porque a causa da doença ainda não foi identificada.
A enfermidade afeta uma em cada 10 mil pessoas e incide mais nas mulheres em idade fértil do que nos homens. Crianças podem apresentar uma forma aguda e autolimitada de PTI, em geral decorrente de um quadro infeccioso viral.
Sintomas
Os sintomas surgem quando a queda do número de plaquetas compromete o processo de coagulação do sangue a ponto de provocar sangramentos. Os mais típicos são os sangramentos que se localizam na pele ou nas mucosas sob a forma de petéquias (manchas puntiformes) ou equimoses (manchas maiores). Podem ocorrer também sangramentos nasais (epistaxes), nas gengivas, gastrintestinais e no trato urinário. A ocorrência de edemas, dor nas pernas e hemorragias menstruais são mais difíceis de controlar.
A intensidade dos sintomas varia muito de um paciente para outro. Em alguns casos, eles podem ser assintomáticos e dispensam tratamento.
Diagnóstico
O diagnóstico baseia-se no exame clínico e no resultado do hemograma. Uma vez constatado que o número de plaquetas está baixo, é de suma importância fazer o diagnóstico diferencial, porque doenças como AIDS, lúpus, leucemias e certas infecções virais também provocam queda no número de plaquetas.
Tratamento
Na infância, pode ocorrer remissão espontânea da doença, o que raramente acontece na vida adulta.
O tratamento com cortiscosteroides (prednisona, dexametosona, entre outors) por via oral visa controlar os sintomas e provocar aumento gradual das plaquetas no sangue. O risco de sangramento diminui consideravelmente, quando a contagem das plaquetas atinge 50.000. Por causa dos efeitos colaterais adversos, o medicamento deve ser retirado aos poucos ou reduzido a doses mínimas o mais depressa possível.
Doses altas de imunoglobulina por via intravenosa são úteis para conter os sangramentos agudos e elevar a contagem de plaquetas.
Como grande parte da produção de autoanticorpos e destruição das plaquetas ocorre no baço, em algumas situações, a remoção cirúrgica desse órgão (esplenectomia) podeestar indicada.
Recomendações
* Sangramentos provocados pela baixa contagem de plaquetas são facilmente visíveis sob a pele ou mucosas. A presença inexplicável de pequenos pontos ou de manchas arroxeadas espalhadas pelo corpo deve ser um sinal de alerta. Procure assistência médica para diagnóstico e tratamento, se necessário;
* Em geral, a púrpura trombocitopênica idiopática tem bom prognóstico, desde que devidamente tratada.


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