quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Semana Mundial Do Aleitamento Materno 2015 tem como tema Mulheres que Trabalham Fora de Casa.


Começou no dia 1 de agosto a Semana Mundial do Aleitamento Materno, que vai até o dia 7 e tem como tema este ano mulheres que trabalham e amamentam. A iniciativa busca sensibilizar empresas sobre a importância da amamentação, pois a mulher que amamenta falta menos ao trabalho uma vez que seu filho adoece menos. Além disso, o bebê continua recebendo o leite materno, que possui anticorpos para a prevenção de doenças.
Além desses benefícios, o aleitamento reduz os índices de obesidade infantil, diarreia e pneumonia, e ajuda na prevenção de doenças como hipertensão, diabetes tipo 2 e leucemia. Além disso, o aleitamento aumenta o nível de aprendizado da criança e melhora seu desempenho no trabalho quando adulto. Estudos mostram que o leite materno é capaz de reduzir em 13% as mortes por causas evitáveis em crianças menores de 5 anos. A amamentação também ajuda o útero a recuperar seu tamanho normal, diminuindo o risco de hemorragia e de anemia. As chances de se adquirir diabetes ou desenvolver câncer de mama e de ovário também diminuem significativamente para mulheres que amamentam.
A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é que o aleitamento materno comece já na sala de parto e que seja exclusivo e em livre demanda (o bebê mama a quantidade que quer, quando quer)  até o 6º mês e se estenda até 2 anos ou mais.
Volta ao trabalho

Pesquisa do Ministério da Saúde mostrou que 34% das mães de bebês com menos de um ano e que trabalham fora de casa não amamentam mais a criança. Já entre as mães que não trabalham fora, esse índice é menor, 19%.
De acordo com a legislação brasileira, a licença maternidade pode durar até seis meses mas, para a maioria das trabalhadores, é de quatro meses apenas. Muitas mulheres, ao voltarem ao trabalho, não conseguem continuar amamentando e acabam desistindo. Com o desmame precoce, normalmente outro leite é introduzido, este sem os anticorpos (que protegem o bebê) contidos no leite materno.
Ao retornar ao trabalho, para que a amamentação seja mantida pelo menos até o 6º mês de vida do bebê, a legislação (Artigo 396 da CLT) prevê ainda períodos de pausa no trabalho para que a mulher amamente ou retire leite para seu filho. São duas pausas, de meia hora cada uma, que não se confundem com os intervalos normais de repouso e alimentação. A mulher pode, inclusive, combinar com a chefia para chegar meia hora depois e sair meia hora antes do horário de trabalho ou ainda acumular os períodos e tirar uma hora por dia.
Como parte das comemorações da Semana Mundial de Aleitamento Materno, manifestações estão sendo organizadas em diversas cidades do mundo para sensibilizar a sociedade sobre a importância do aleitamento materno natural, originadas a partir do incômodo de mulheres que se sentiam constrangidas ao amamentarem seus filhos em locais públicos. Além das manifestações, outra iniciativa que tem ganhado força são as brelfies. O termo mistura as palavras breast (mama, em inglês) e selfie e são, portanto, fotos feitas por mulheres que estão amamentando e que têm o objetivo de mostrar que o aleitamento é algo normal e natural. Em são Paulo já existe uma lei que multa estabelecimentos que constranjam mães que quiserem amamentar em público.  
Há uma série de fatores sociais e familiares que, mesmo involuntariamente,  desencorajam a mulher a amamentar seus filhos onde, quando e até o quanto quiser. Amamentar é um privilégio, mas nem sempre é fácil desfrutá-lo. Muitas mães sofrem inúmeras dificuldades e elas precisam ser acolhidas, respeitadas, orientadas e socorridas, trabalho este realizado pelos profissinaos capacitados nas unidades básicas de saúde. A pega correta do peito é importante para a produção do leite, para a sucção correta (evitando que sua mama fique com mastite – inflamação da glândula mamária), para o desenvolvimento do bebê e para que a mãe não fique com rachaduras.

Nutricionista Morganna Moreira Libânio
Por Agência Brasil/ Ministério da Saúde.


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