Começou
no dia 1 de agosto a Semana Mundial do Aleitamento Materno, que vai até o dia 7
e tem como tema este ano mulheres que
trabalham e amamentam. A iniciativa busca
sensibilizar empresas sobre a importância da amamentação, pois a mulher que amamenta falta menos ao trabalho uma vez que seu filho adoece menos. Além disso,
o bebê continua recebendo o leite materno, que possui anticorpos para a
prevenção de doenças.
Além desses benefícios,
o aleitamento reduz os índices de obesidade infantil, diarreia e pneumonia, e ajuda na prevenção de
doenças como hipertensão, diabetes tipo 2 e leucemia. Além disso, o aleitamento
aumenta o nível de aprendizado da criança e melhora seu desempenho no trabalho
quando adulto. Estudos
mostram que o leite materno é capaz de reduzir em 13% as mortes por causas
evitáveis em crianças menores de 5 anos. A amamentação também ajuda o útero a recuperar seu tamanho normal, diminuindo o risco
de hemorragia e de anemia. As chances de se adquirir diabetes ou desenvolver
câncer de mama e de ovário também diminuem significativamente para mulheres que
amamentam.
A recomendação da Organização Mundial de
Saúde (OMS) é que o aleitamento materno comece já na sala de parto e que seja
exclusivo e em livre demanda (o bebê mama a quantidade que quer, quando
quer) até o 6º mês e se estenda até 2 anos ou mais.
Volta ao
trabalho
Pesquisa
do Ministério da Saúde mostrou que 34% das mães de bebês com menos de um ano e
que trabalham fora de casa não amamentam mais a criança. Já entre as mães que
não trabalham fora, esse índice é menor, 19%.
De
acordo com a legislação brasileira, a licença maternidade pode durar até seis
meses mas, para a maioria das trabalhadores, é de quatro meses apenas. Muitas
mulheres, ao voltarem ao trabalho, não conseguem continuar amamentando e acabam
desistindo. Com o desmame precoce, normalmente outro leite é introduzido, este
sem os anticorpos (que protegem o bebê) contidos no leite materno.
Ao
retornar ao trabalho, para que a amamentação seja mantida pelo menos até o 6º
mês de vida do bebê, a legislação (Artigo 396 da CLT) prevê ainda períodos de
pausa no trabalho para que a mulher amamente ou retire leite para seu filho.
São duas pausas, de meia hora cada uma, que não se confundem com os intervalos normais
de repouso e alimentação. A mulher pode, inclusive, combinar com a chefia para
chegar meia hora depois e sair meia hora antes do horário de trabalho ou ainda
acumular os períodos e tirar uma hora por dia.
Como
parte das comemorações da Semana Mundial de Aleitamento Materno, manifestações
estão sendo organizadas em diversas cidades do mundo para sensibilizar a
sociedade sobre a importância do aleitamento materno natural, originadas a
partir do incômodo de mulheres que se sentiam constrangidas ao amamentarem seus
filhos em locais públicos. Além das manifestações, outra iniciativa que tem
ganhado força são as brelfies.
O termo mistura as palavras breast (mama,
em inglês) e selfie e
são, portanto, fotos feitas por mulheres que estão amamentando e que têm o
objetivo de mostrar que o aleitamento é algo normal e natural. Em são Paulo já existe
uma lei que multa estabelecimentos que constranjam mães que quiserem amamentar
em público.
Há uma série de fatores sociais e familiares
que, mesmo involuntariamente, desencorajam
a mulher a amamentar seus filhos onde, quando e até o quanto quiser. Amamentar
é um privilégio, mas nem sempre é fácil desfrutá-lo. Muitas mães sofrem
inúmeras dificuldades e elas precisam ser acolhidas, respeitadas, orientadas e
socorridas, trabalho este realizado pelos profissinaos capacitados nas unidades
básicas de saúde. A pega correta
do peito é importante para a produção do leite, para a sucção correta (evitando
que sua mama fique com mastite – inflamação da glândula mamária), para o desenvolvimento
do bebê e para que a mãe não fique com rachaduras.
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